Por buracos de fechadura, por frestas de portas ou janelas entreabertas. Os seios de uma mulher são sua face, seu rosto, suas intensidades, seus gostos e desgostos. Vê-los simplesmente, sem que exista ali o semblante de quem os possui, nada mais é que nada.
Alguns seios têm formato de pêssegos, outros de morangos, há os que parecem com peras e os abundantes são grandes concentrações de amoras. Sempre tropicais, os seios são sempre tropicais. Exigem eles uma grande liberdade, um remexer-se, um dançar, um frenesi. Mesmo aparentando frutas de inverno brotam no verão, é essa a estação. A sua estação.
As mulheres carregam seus seios como quem carregam suas existências. Os seios carregam histórias de quando deixamos de ser meninas, portas que se fecharam, antigos amores e arco-íris que se fotografaram.
Neles estão as marcas dos afetos, dos carinhos, de mãos que mesmo rudes foram delicadas e de mãos que mesmo querendo ser delicadas foram rudes. Os seios abraçam muito antes de todo o corpo.Quase como um sensor.
Diante de seios homens viram meninos, Diante de seios meninos viram homens. Mesmo já conhecidos, algo fala neles e são essas palavras que os tornam sempre outros. Outros como nunca vistos.
Prefiro o seio Pêra!
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